Professor da UB revela em livro que pretos, pardos e indígenas são maioria entre mortos não identificados no Brasil
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Pretos, pardos e indígenas são a maioria dos óbitos de pessoas não identificadas no Brasil. É o que o mostra uma pesquisa que faz parte do livro “Mortos Desconhecidos do Brasil: Análise de um regime jurídico de proteção”, a ser publicado pela Editora Millennium neste ano, reunindo trabalhos do Doutor e Mestre em Direito Everson Aparecido Contelli, Professor da Universidade Brasil – campus Fernandópolis, Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Extensão Jurídica – NuPEJ da UB.
O levantamento integra uma das pesquisas desenvolvidas no curso de Direito do campus de Fernandópolis, destinadas a desenvolver a aproximação com a sociedade, por meio da criação de um Regime Jurídico de Proteção aos Mortos Desconhecidos.
“A contribuição e a solidez dos programas e iniciativas para incentivar e apoiar a pesquisa dentro da Universidade Brasil foram fundamentais para impulsionar o desenvolvimento do projeto humanidade 21 e das primeiras conclusões, como as disparidades decorrentes da cor da pele, que poderão revelar uma face ainda não observada do racismo no país, já denominada nos debates dentro do campus de racismo póstumo”, afirma Contelli, que é também coordenador do projeto Humanidade 21 da Polícia Civil de SP, que busca reabrir investigações arquivadas sobre pessoas enterradas como anônimas.
Ainda nos próximos meses, com o incentivo da UB, o professor espera apresentar à sociedade brasileira e à comunidade jurídica uma minuta de um Regime Jurídico Próprio dos Mortos Desconhecidos, “o que certamente aliviará a dor e promoverá segurança jurídica a mais de 674.000 famílias que aguardam uma resposta, um marco potencial para a justiça social do Brasil”.
Embora os números também sejam questionados e recalculados pela pesquisa, neste exato momento, oficialmente o país tem catalogado 674.803 óbitos desconhecidos.
Legenda/Créditos: Divulgação
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