Pesquisadores da UB vão avaliar impactos de desassoreamento de córrego em Fernandópolis
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Um projeto de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Brasil, em parceria com a Prefeitura Municipal de Fernandópolis, pretende avaliar os impactos do desassoreamento na qualidade de água do Córrego da Aldeia.
No município de Fernandópolis, existe uma represa com finalidades paisagísticas e recreativas denominada “Represa Beira Rio”. Entretanto, devido a uma redução de 48,3% em seu espelho d’água de 1979 a 2008 em função do processo de assoreamento, atualmente o local se encontra degradado e abandonado. O processo de assoreamento ocorreu principalmente em função da evolução urbana em sua bacia de drenagem.
A represa municipal “Beira Rio”, que em 1979 apresentava um espelho d’água de 47.600 m², era um importante elemento do controle da drenagem pluvial urbana, permitindo o amortecimento das ondas de cheias e evitando o solapamento das encostas a jusante. Mas, devido ao seu assoreamento, o espelho d’água atual é de 11.800 m², o que reduziu significativamente o volume de amortecimento de cheias.
Com a execução do desassoreamento, será possível aumentar o espelho d’água para 42.000 m² e aumentar o volume de amortecimento de cheias para 56.007 m³, correspondendo a 12,6% do volume de enchente da bacia hidrográfica. Sendo assim, essa obra permitirá maior capacidade de controle de enchentes e minimizará os solapamentos de jusante, bem como as vazões de cheias para a barragem do Loteamento Jardim Arakaki e para a nova travessia aérea que será executada na Avenida Teotônio Vilela.
Os pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Brasil afirmam que será possível traçar o perfil da qualidade de água do Córrego do Aldeia antes, durante e após o desassoreamento da represa, com o intuito de avaliar o real impacto deste processo temporário sobre variáveis hídricas qualitativas.
Segundo o Professor Luiz Sergio Vanzela, coordenador do projeto, pesquisas e estudos sobre o assunto, especialmente em pequenas represas, são bem escassos na literatura. Portanto, este projeto é imprescindível para a produção de novas referências sobre os impactos do desassoreamento sobre esses tipos de reservatório de água.
Os pesquisadores envolvidos no projeto são a Mestranda em Ciências Ambientais Elise Baroni Ramos (Engenheira Civil), as graduandas em Engenharia Agronômica Arieli Martinez Geromini e Beatriz Palma, coordenadas pelo Professor Luiz Sergio Vanzela (Doutor em Agronomia e pesquisador do Programa de Mestrado em Ciências Ambientais).
A seguir estão imagens da obra de desassoreamento em execução, assim como desenvolvimento do projeto em campo e no laboratório.

Legenda/Créditos: Divulgação
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